A crise da Covid-19 escancarou diversos desafios na educação, um deles foi a inclusão digital na pandemia e as dificuldades dos alunos de acessarem as aulas online, não apenas no ensino superior, mas, principalmente, na educação básica.
O acesso à internet é um problema latente no nosso país. Segundo a última pesquisa TIC Kids Online Brasil, realizada em 2019, cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar vivem em domicílios sem conexão com a rede.
Com a necessidade do ensino online para continuação da educação, diversos alunos não tiveram a oportunidade de manter os estudos frente à barreira tecnológica. Esse cenário, por sua vez, pode afetar consideravelmente toda a cadeia de aprendizagem e o futuro da educação.
Diante disso, para compreendermos os desafios da inclusão digital na pandemia tanto para estudantes, quanto para professores e outros agentes envolvidos no processo educacional, assim como o papel das instituições de ensino na democratização dos estudos, preparamos um conteúdo completo e, desta vez, mais reflexivo. Confira!
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Desafios da inclusão digital na pandemia
Se tratando de inclusão digital na pandemia, alguns dos principais desafios enfrentados por todos os envolvidos no setor educacional são:
Para os alunos
Algumas pesquisas feitas durante a pandemia nos mostram a gravidade da situação, especialmente com a desigualdade social.
Segundo a Opinion Box, 54% dos alunos de escolas públicas não conseguiram fazer as aulas online. Se comparado com instituições de ensino particulares, esse número cai para 32% dos estudantes.
Outra pesquisa, esta realizada pela Pearson, nos revela que 9 em cada 10 estudantes dizem não ter acesso à tecnologia necessária para estudar online de maneira efetiva.
Uma das razões para isso, sem dúvidas, pode ser a acessibilidade, visto que, de acordo com a Undime, 46% dos alunos acessam os conteúdos das aulas apenas pelo celular.
Como citado, o cenário de desigualdade e a falta de condições favoráveis para continuação das aulas online em todo o país desencadeia problemas no presente que serão refletidos no futuro.
Os alunos não conseguirão acompanhar as disciplinas e, consequentemente, podem reprovar em matérias importantes ou, se avançarem nos estudos, correm o risco de se formar sem algumas competências básicas.
Com essa realidade, teremos estudantes no ensino superior menos preparados e, no mercado de trabalho, profissionais cada vez menos qualificados. Nestas circunstâncias, toda a sociedade perde em desenvolvimento e retornos econômicos.
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Para os professores
Os professores também foram diretamente afetados pela pandemia e têm enfrentado desafios no quesito inclusão digital.
Uma pesquisa realizada pela Nova Escola, no ano passado, nos revela que 64% das instituições estavam preocupadas em garantir o devido acesso à tecnologia ao corpo docente.
Dentre outras dificuldades apontadas no levantamento estão: acompanhar a presença dos alunos e o processo de aprendizagem a distância (54,7%), orientar familiares (54,7%) e planejar as atividades das aulas (49,3%).
Com a necessidade de readaptação, os docentes não estavam totalmente preparados para lidar com as novas tecnologias, tanto em questão de conhecimento sobre as ferramentas, quanto em relação à infraestrutura tecnológica que tinham à disposição.
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Para os pais e responsáveis
Por fim, os pais e responsáveis de alunos do ensino básico também entraram no combo de agentes desafiados pela inclusão digital na pandemia.
Muitas famílias são compostas por mais de um filho em idade escolar, que precisam assistir as aulas, acessar as atividades, entregar trabalhos e se comunicar com os professores.
O problema? Nem sempre essas famílias possuem equipamentos tecnológicos para todas as crianças e adolescentes. Com isso, os estudantes fazem uma espécie de revezamento para conseguirem visualizar os conteúdos das aulas.
Para os pais e responsáveis, o desafio maior é garantir uma infraestrutura adequada e auxiliar os seus filhos nesse processo de aprendizagem online, papel que, muitas vezes, acaba sendo bastante dificultoso.
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Como as instituições de ensino podem promover um processo educacional mais inclusivo?
Como visto, promover a inclusão digital na pandemia não é apenas um esforço das instituições de ensino ou familiares, mas sim de toda a sociedade.
Os desafios são inúmeros e precisamos cada vez mais nos engajarmos na cobrança de políticas públicas que priorizem o acesso à informação, maximizem o investimento nos estudantes de baixa renda e promovam melhores condições de aprendizagem e desenvolvimento.
No entanto, escolas e universidades também possuem um papel importante na democratização do ensino com a adoção de ferramentas mais intuitivas e responsivas, que facilitam os estudos do aluno, independentemente das condições, por exemplo, permitindo acesso offline ou por diferentes dispositivos.
Além disso, a implementação de metodologias ativas tornam o processo de aprendizagem mais dinâmico e efetivo, focado nas necessidades dos estudantes, viabilizando melhor desempenho nas disciplinas e minimizando os impactos gerados pela pandemia no ensino.
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Sabemos que a luta pela inclusão digital não é solitária. Ela depende da atuação ativa de diversos órgãos, instituições governamentais e figuras públicas, que conseguem dar voz aos problemas que o setor educacional vem enfrentando e iniciar mudanças realmente positivas.
Como dois lados de uma mesma moeda, nós, da D2L, sabemos que essas disrupções não ocorrem de um dia para a noite. No entanto, entendemos que elas são necessárias e devem ser iniciadas o mais cedo possível. O desenvolvimento social depende do desenvolvimento educacional.
Com isso em mente, a D2L tem atuado junto às instituições de ensino para promover melhores condições de estudos por meio da Plataforma Brightspace, assim como diminuir problemas relacionados ao EAD e auxiliar estudantes e professores em todos os níveis educacionais (básico, técnico e acadêmico).
Sabemos que a educação pode mudar o mundo e queremos ser parte disso! Quer saber mais sobre a D2L? Fale conosco!
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